Está difícil encontrar gás de cozinha. A falta do produto não é generalizada, mas há ocorrências em estados como São Paulo, Espírito Santo e também no Distrito Federal.
Priscila Marques mora na Cidade Ocidental, município de Goiás, no entorno de Brasília. Em casa e com um filho pequeno, ela está sem cozinhar.
Em um posto de gasolina do Distrito Federal, o gás chegou nessa terça-feira pela manhã, e no começo da tarde já tinha acabado. A reportagem também entrou em contato com outras revendas, que também estão sem o produto.
De acordo com o Sindigás, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo, o abastecimento sofreu os impactos da pandemia da Covid-19. Primeiro porque as pessoas, quando foram para o isolamento, armazenaram o que consideram essencial e procuraram ter reserva do gás de cozinha.
O novo coronavírus também gerou uma diminuição global da venda de gasolina e diesel, e a Petrobras reduziu a produção geral de todos os combustíveis.
Para garantir o abastecimento, a Petrobras informou que aumentou a importação de GLP – o nome técnico do gás de cozinha. Segundo a empresa, nesta quinta-feira, dia 16, chega o quinto navio com carregamento do produto. O volume total importado será superior a 27 milhões de botijões adicionais no mercado.
Na cidade de Quissamã, no Rio de Janeiro, a técnica de enfermagem Viviane Acelino não teve dificuldade para encontrar o produto para venda. O problema é que o GLP estava cerca de 12% mais caro.
Segundo o Sindigás, o estoque nos pontos de venda deve ser regularizado em mais algumas semanas.
Sobre as cobranças abusivas, o presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, afirma que os preços vêm se mantendo estáveis, de acordo com o monitoramento da Agência Nacional de Petróleo. Segundo Melo, os abusos são exceções. Mas ele aconselha a só comprar agora quem estiver sem o gás de cozinha em casa.
No Maranhão, o Procon iniciou uma fiscalização para acompanhar os preços do gás de cozinha praticados por distribuidoras e revendedores em São Luís. Para o diretor de Fiscalização do Procon, Carlos Garcia, não há justificativa para aumento de preços.
A Petrobrás informou que o preço médio do GLP nas refinarias da Petrobras é menor que R$ 22 por botijão de 13kg. E que reduziu o preço, no acumulado do ano, em -21%.
Fonte: Ag. Brasil