Connect with us

Hi, what are you looking for?

    Rondônia, sábado, 25 de outubro de 2025.

Nacional

Ações do Alibaba caem 26% em 2 meses. É hora de comprar?

O cerco das autoridades chinesas ao bilionário chinês Jack Ma, fundador e principal acionista do Alibaba, afetou fortemente as ações da gigante de tecnologia. Desde o fim de outubro, quando os papéis (BABA) chegaram a ser negociados a 317,14 dólares na Bolsa de Nova York e atingiram o maior valor de sua história, a empresa entrou em trajetória de queda livre. Nesta sexta-feira, 8, foi negociada no fechamento a 236,19 dólares: uma queda de 25,5%.

O Alibaba é negociado indiretamente no Brasil por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3. O BDR do Alibaba (BABA34) foi o oitavo mais negociado na B3 em 2020, apresentando uma rentabilidade em reais de 42,89%, segundo a Economatica.

Quer saber quais as ações mais recomendadas para 2021? Conte com a assessoria do BTG Pactual digital

Diante de queda tão expressiva e da pressão sobre a empresa, analistas e investidores passaram a se dedicar a avaliar a situação do Alibaba para tentar responder a pergunta: o tombo de 25% a 30% das cotações são uma oportunidade de compra de um dos maiores e mais inovadores grupos de tecnologia do mundo ou a perda de valor está só no começo?

Para analistas do Goldman Sachs, trata-se de uma oportunidade de compra quando se avalia o médio prazo. Em relatório distribuído a clientes nesta semana, a equipe de equity research do banco de investimentos faz uma análise extensa dos possíveis impactos sobre dois dos principais negócios do Alibaba, a operação de e-commerce e o braço de fintech. A equipe de analistas avaliou normas regulatórias impostas na China sobre plataformas monopolísticas para tentar mensurar o que se pode esperar desta vez.

“Ciclos regulatórios históricos nas verticais de jogos online e educação e as reações das ações sugerem de 6 a 8 meses como linha do tempo (para os efeitos)”, escrevem os analistas. No cenário pessimista, com queda nas receitas com anúncios e comissões e múltiplos mais baixos, a cotação deveria estar em 258 dólares, segundo o banco.

“Nós reiteramos o rating de compra e uma postura positiva para o BABA (ticker da empresa em Nova York), enquanto estamos cientes de riscos adicionais causados por manchetes, em meio a futuros eventos de regulação (como o Congresso Nacional do Povo, marcado para 5 de março), e parece haver catalisadores iminentes limitados na atual conjuntura”, afirmam.

“O potencial de valorização (upside) nos valuations atuais da maior força do e-commerce na China está muito atrativo para que os investidores o negligenciem, na nossa avaliação, com preço-alvo em 12 meses de 362 dólares”, completam, o que implicava um upside de 55,5% (com a cotação a 232,73 dólares do início da semana). Com a atualização da cotação de fechamento na sexta-feira, o upside é de 53,3%.

Segundo os analistas, “o planejamento para desenvolvimento (do Alibaba) permanece alinhado com os objetivos de longo prazo do governo da China de alcançar um crescimento estável sustentado pelo consumo doméstico.”

Advertisement. Scroll to continue reading.

A desvalorização começou com o adiamento da abertura de capital da Ant Financial, a divisão financeira do Alibaba, no início de novembro. Aguardado como o maior IPO (oferta pública inicial) da história, a estreia movimentaria estimados 35 bilhões de dólares, mas teve que ser adiada sem prazo para retornar por decisão das autoridades de regulação da China. Desde então, o cerco se entendeu ao Alibaba diante do que seriam abusos de mercado cometidos pelo grupo.

Enquanto aguardava pela estreia da Ant Financial, Ma criticou o sistema regulatório chinês em uma conferência em Xangai, afirmando que o excesso de controle estatal poderia sufocar a inovação no país. O aumento do cerco das autoridades sobre Ma e o Alibaba coincide, não por acaso, com essa crítica aberta ao sistema chinês.

Oficiais do governo da China querem que o Alibaba compartilhe dados de consumo e de crédito de sua base de 1 bilhão de usuários, um valioso ativo tecnológico para Jack Ma e a empresa: com essas informações, por exemplo, ele negociou com cerca de 100 bancos empréstimos para os usuários de seus aplicativos, segundo o jornal The Wall Street Journal.

Além disso, o Alibaba poderá enfrentar restrições para exercer o seu domínio como maior player do e-commerce do maior mercado do mundo.

Fonte: Exame

Mais notícias

Nacional

A Caixa inicia na quinta-feira, 30, o pagamento do Auxílio Reconstrução às famílias desalojadas ou desabrigadas no Rio Grande do Sul no valor de...

Nacional

Em visita realizada ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou a ampliação da malha...

Nacional

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou, nesta quarta-feira, que o arroz que será importado pela empresa, para evitar altas...

Nacional

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária verde no mês de junho para os consumidores de energia do Sistema Interligado...