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    Rondônia, sexta, 24 de outubro de 2025.

Nacional

Viçosa tem mais apartamentos; confira rankings de municípios em saneamento

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (23) novos dados do Censo Demográfico 2022, destacando a questão do saneamento básico em território nacional. No ano da realização da pesquisa, o Brasil ainda registrava o equivalente a 49 milhões de habitantes sem atendimento adequado de esgotamento sanitário e 4,8 milhões de pessoas sem água encanada, apesar do crescimento desses serviços nas últimas décadas.

Confira abaixo os municípios que se destacam positiva e negativamente nas questões de canalização e abastecimento de água, rede de esgoto e coleta de lixo, além daqueles que possuem banheiro exclusivo na residência.

O Estado da Paraíba é um dos que possuem mais problemas de abastecimento de água no país. O município de Santa Cecília lidera a lista com 99,5% de precariedade no sistema, seguido por Baraúna, com 99,2%, e Marcolândia (PI), com 99,1%.

Sem uma rede de abastecimento estruturada, a população só conta com os caminhões-pipa para suprir sua necessidade básica. Do lado oposto do quesito estão os municípios do Sudeste e do Sul. De acordo com o levantamento, 739 dos 5.570 municípios do país possuem um sistema de abastecimento adequado, que contemple 100% de sua população. Desses, 234 são do Estado de São Paulo.

A capital paulista, no entanto, não se encontra nesse grupo, uma vez que possui 99,5% de abastecimento ideal, deixando 0,5% desprovido de água.

Quando a questão é a canalização, fazendo a água chegar às residências, os municípios nordestinos novamente são os que possuem mais problemas. E a Paraíba lidera a estatística nos três primeiros lugares: Damião, com 74,1% da cidade sem água canalizada, seguida por Algodão de Jandaíra, com 73,5%, e Riacho de Santo Antônio, com 72,5%.

Nesse quesito, São Paulo é outra vez o estado que se destaca, com 345 municípios com água 100% canalizada. A capital possui 99,9% nessa situação. No país, são 1.377 com canalização completa do sistema hídrico municipal.

Em relação à rede de esgoto, apenas cinco municípios possuem 100% das casas contempladas, segundo o IBGE: as paulistas Águas de São Pedro, Avanhandava e São Caetano do Sul, a gaúcha Presidente Lucena e a goiana Anhanguera.

E novamente os estados do Sudeste e do Sul se destacam na estatística de maior cobertura da rede, com um sistema de tratamento adequado. A capital paulista possui 95,6% da rede nessa situação.

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Se apenas cinco municípios possuem uma rede ideal de esgoto, o país também possui dois que não possuem rede alguma: Juarina, em Tocantins, e Júlio Borges, mo Piauí. Nesses locais, todo o esgoto produzido pela população vai para rios ou valas abertas.

Mas a precariedade não se resume a eles. Muitas outras cidades sofrem com a falta de condições para o escoamento do esgoto e não possuem tratamento. Outro item do saneamento básico que influencia diretamente no bem-estar da população é a coleta de lixo. Mas o levantamento do Censo 2022 mostra que ainda há muito o que ser feito para deixar o sistema aceitável.

Dos 5.570 municípios do país, apenas os 12 acima possuem 100% da coleta garantida diariamente, metade deles paulista. O estado de São Paulo, por sinal, é o que tem a melhor cobertura, com 99% das cidades.

As falhas na coleta de lixo, no entanto, estão presentes em vários estados do país. Tanto que Santa Terezinha, em Mato Grosso, é o que possui uma coleta mais inadequada, com 56,8% do seu território sem o serviço. Ele é seguido por Caturama (BA) e São Luís Gonzaga do Maranhão (MA) e outras cidades do Norte e Nordeste.

Juntamente às informações do saneamento básico, o Censo 2022 também ouviu a população sobre a estrutura de suas residências, se há ou não banheiro exclusivo para a família. O resultado mostrou que apenas 1.204 deles possuem 100% de suas casas com banheiro exclusivo, sendo 402 no estado de São Paulo, 288 em Minas Gerais e 169 no Paraná.

E outra vez os municípios que possuem mais residências sem banheiro exclusivo são do Norte e Nordeste do país. Melgaço e Bagre, do Pará, e Ipixuna e Itamarati, do Amazonas, lideram esse tópico, com mais de 60% das casas com banheiros coletivos ou sem banheiro algum.

SÓ TRÊS MUNICÍPIOS POSSUEM MAIS APARTAMENTOS QUE CASAS

Uma outra estatística divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira é a que mostra a prevalência de casas ou apartamentos em cada município. E apenas três possuem número maior de apartamentos em seu território: Santos (SP), com 63,5%, Balneário Camboriú (SC), com 57,2%, e São Caetano do Sul (SP), com 50,8%. Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais, aparece no ranking em sétimo lugar no Brasil, com 47% das habitações sendo apartamentos. 

Todos os demais possuem mais casas, embora o número de apartamentos tem crescido de forma geral desde o Censo de 2010. Dos 5.570 municípios, 729 deles possuem apenas casas, sendo 182 do estado de São Paulo. Na capital paulista, são 69,8% de casas, 29,4% de apartamentos e 0,8% de outra forma de moradia. (CLAUDINEI QUEIROZ/Folhapress)

Municípios com abastecimento de água inadequado (em %)

  1. Santa Cecília (PB) – 99,5
  2. Baraúna (PB) – 99,2
  3. Marcolândia (PI) – 99,1
  4. Algodão de Jandaíra (PB) – 98,7
  5. Gado Bravo (PB) – 98,0
  6. Sossêgo (PB) – 97,9
  7. Damião (PB) – 97,8
  8. Alcantil (PB) – 97,2
  9. Riacho de Santo Antônio (PB) – 96,8
  10. Betânia do Piauí (PI) – 96,6

Municípios com água não canalizada (em %)

  1. Damião (PB) – 74,1
  2. Algodão de Jandaíra (PB) – 73,5
  3. Riacho de Santo Antônio (PB) – 72,5
  4. Poção (PE) – 69,8
  5. Ouro Branco (AL) – 69,6
  6. São João do Tigre (PB) – 69,6
  7. Cacimbinhas (AL) – 68,4
  8. Canapi (AL) – 65,4
  9. Chaves (PA) – 65,4
  10. Baraúna (PB) – 61,6

Municípios com rede adequada de esgoto (em %)

  1. Águas de São Pedro (SP) – 100,0
  2. Avanhandava (SP) – 100,0
  3. São Caetano do Sul (SP) – 100,0
  4. Presidente Lucena (RS) – 100,0
  5. Anhanguera (GO) – 100,0
  6. Gavião Peixoto (SP) – 99,9
  7. Santa Clara d’Oeste (SP) – 99,9
  8. Santópolis do Aguapeí (SP) – 99,9
  9. Vitória (ES) – 99,8
  10. Américo Brasiliense (SP) – 99,8
  11. Jaci (SP) – 99,8
  12. Júlio Mesquita (SP) – 99,8
  13. Lins (SP) – 99,8
  14. Matão (SP) – 99,8
  15. Monte Castelo (SP) – 99,8
  16. União Paulista (SP) – 99,8
  17. Balneário Gaivota (SC) – 99,8
  18. Morro Grande (SC) – 99,8
  19. São Ludgero (SC) – 99,8
  20. Treze de Maio (SC) – 99,8

Municípios com rede de esgoto inadequada (em %)

  1. Juarina (TO) – 100,0
  2. Júlio Borges (PI) – 100,0
  3. Morro Cabeça no Tempo (PI) – 99,8
  4. Milton Brandão (PI) – 99,8
  5. Novo Oriente do Piauí (PI) – 99,8
  6. Piraquê (TO) – 99,8
  7. Nova Santa Rita (PI) – 99,8
  8. Jacobina do Piauí (PI) – 99,8
  9. Caldeirão Grande do Piauí (PI) – 99,8
  10. Santo Antônio do Planalto (RS) – 99,8
  11. Pedro Laurentino (PI) – 99,8

Municípios com coleta de lixo adequada (em %)

  1. Águas de São Pedro (SP) – 100
  2. Barueri (SP) – 100
  3. Hortolândia (SP) – 100
  4. Jandira (SP) – 100
  5. São Caetano do Sul (SP) – 100
  6. Várzea Paulista (SP) – 100
  7. Pinhais (PR) – 100
  8. Bombinhas (SC) – 100
  9. Campo Bom (RS) – 100
  10. Ivoti (RS) – 100
  11. Presidente Lucena (RS) – 100

Municípios com coleta de lixo inadequada (em %)

  1. Santa Terezinha (MT) – 56,8
  2. Caturama (BA) – 56,8
  3. São Luís Gonzaga do Maranhão (MA) – 52,5
  4. Bujari (AC) – 52,5
  5. Óbidos (PA) – 52,5
  6. Jardim do Mulato (PI) – 52,5
  7. Lago do Junco (MA) – 52,5
  8. Madeiro (PI) – 52,5
  9. Bela Cruz (CE) – 48,0
  10. Brasil Novo (PA) – 48,0

Municípios com residências sem banheiro exclusivo (em %)

  1. Melgaço (PA) – 63,8
  2. Bagre (PA) – 63,5
  3. Ipixuna (AM) – 63,2
  4. Itamarati (AM) – 61,2
  5. Marechal Thaumaturgo (AC) – 61,0
  6. Jordão (AC) – 60,5
  7. Uiramutã (RR) – 59,5
  8. Fernando Falcão (MA) – 59,1
  9. Normandia (RR) – 58,5
  10. Cachoeira Grande (MA) – 58,4

Municípios com mais apartamentos (em %)

  1. Florianópolis (SC) – 63,5
  2. Santos (SP) – 57,2
  3. Balneário Camboriú (SC) – 50,8
  4. São Caetano do Sul (SP) – 45,4
  5. Vitória (ES) – 42,4
  6. Porto Alegre (RS) – 41,7
  7. Viçosa (MG) – 41,0
  8. São José (SC) – 40,2
  9. Niterói (RJ) – 38,8
  10. Itapema (SC) – 38,8
  11. Florianópolis (SC) – 38,6
     

Fonte: O tempo

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