Esta é a última sexta-feira 13 de 2023 — a única outra foi em janeiro. Cercada por superstições, a data pode ser apenas uma brincadeira para a maioria das pessoas. Mas, para outras, é motivo de medo extremo. É a condição conhecida como triscaidecafobia, que já foi descrita por instituições como a Enciclopédia Britânica.
Os triscaidecafóbicos, como são chamadas as pessoas com esse medo, têm convicção de que o número 13 atrai azar. Consequentemente, podem tentar eliminá-lo de suas vidas de diferentes formas. Um exemplo famoso é o compositor austríaco-americano Arnold Schoenberg (1874-1951), que tinha tanta repulsa do número que omitia, em suas composições, o compasso 13 (intervalo de tempo nas músicas), substituindo-o pela notação “12a”.
O escritor norte-americano de terror Stephen King também se descreve como um triscaidecafóbico. Em um texto de 1984 no “The New York Times” sobre o assunto, ele diz: “quando estou lendo, não paro nas páginas 94, 193 ou 382 etc. — os numerais somam 13. Esse comportamento, claro, é neurótico, mas às vezes eu acho que é a neurose, e não o amor, que realmente faz o mundo girar (…). É neurótico, claro. Mas também é… mais seguro”. O receio pode ultrapassar o medo individual: em Nova York e outras cidades dos EUA, alguns prédios pulam o andar 13.
A origem da superstição é incerta, mas muitas histórias ajudam a compô-la. Uma das mais conhecidas está no coração do cristianismo, a Santa Ceia, em que Jesus se sentou com seus 12 discípulos em uma quinta-feira. No dia seguinte, uma sexta, ele foi crucificado.
Fonte: O tempo
