A blogueira Sabrina Britto viralizou nas redes sociais ao mostrar em um vídeo a rotina de dificuldades que pessoas obesas enfrentam ao viajar de avião no Brasil. Na publicação, a blogueira mostra vários fatores que complicam a viagem para quem está acima do peso, entre eles o espaço curto entre as poltronas e o tamanho do cinto. Sabrina é conhecida por compartilhar seu processo de emagrecimento nas redes sociais. A influencer já perdeu mais de 40 kg.
O vídeo publicado já alcançou mais de 900 mil visualizações. Entre as centenas de comentários, varios são relatos de pessoas que se identificam com a situação de constrangimento. “Esse vídeo do avião é muito necessário. Eu nunca fui viajar de avião, nunca peguei uma viagem com a família por vergonha e medo de não caber na poltrona”, desabafou uma das seguidores nos comentários.
Sabrina também mostra que o problema não é só com a falta de espaço entre as poltronas. A necessidade de pedir um extensor de cinto para comissários de bordo também é constrangedora: “Eu fico muito desconfortável. Tanto é que peço para o meu noivo pedir o cinto porque o normal não serve”, desabafa a influencer no vídeo.
@_sabrina.brito Meu desejo é emagrecimento para todas nós é que nunca mais vamos passar por isso! Juntas amigas 💖
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#aviao
#vidasaudavel
#foryou
♬ som original – Sabrina Brito
A advogada de direito ao consumidor, Lilian Salgado, afirma que todas as companhias aéreas devem reservar assentos prioritários para pessoas obesas:
“A obesidade é considerada uma doença e existe uma lei que protege pessoas que têm necessidades prioritárias. Assim como idosos, gestantes e PCDs (pessoas com deficiência). A Anac tem uma Resolução do ano de 2013 que estabelece regras para garantir acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial no transporte aéreo”.
Porém, a grande dificuldade está nas compras das passagens, já que em muitas plataformas, principalmente online, não há uma maneira de especificar se o cliente necessita de um assento prioritário ou não:
“O que a gente vê na prática é que na maioria das vezes, o consumidor não têm acesso a essas informações antes de embarcar. E é o que gera grandes confusões na hora do voo”, afirma Lilian.
A advogada orienta que clientes que passarem por essas dificuldades denunciem:
“Essas pessoas estão resguardadas pela lei, então elas podem denunciar na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no Procon, Ministério Público e até ajuizar uma ação”, afirma Salgado.
Nós entramos em contato com as companhias aéreas nacionais para saber quais são as medidas tomadas para não prejudicar os clientes durante os voos e aguardamos retorno.
Fonte: O tempo


































