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    Rondônia, quarta, 17 de dezembro de 2025.

Nacional

Mulheres de 20 a 29 anos são as que mais sofrem violência no Brasil

De todos os registros de violência contra mulher no Brasil, catalogados em 2022, a maioria, 21,5%, corresponde a vítimas na faixa etária entre 20 e 29 anos. O segundo grupo que mais sofre violência são mulheres de 10 a 19 anos, ou seja, 20,6% de todos os registros. Em seguida, vêm as vítimas de 30 a 39 anos (18,9%). Mas um dado alarmante é que crianças de 0 a 9 correspondem a 14,5% dos casos de violência contra a mulher.

Esses são alguns dos dados que constam no Painel de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG), desenvolvido pelo Ministério das Mulheres e lançado nessa quinta-feira (19). A plataforma online tem como finalidade servir de fonte de consulta, tanto para sociedade civil quanto para gestores, pesquisadores e jornalistas. 

Os indicadores de gênero são retirados da base de dados de outros ministérios e órgãos e consolidados na forma de gráficos e tabelas.

A plataforma divide os dados nos seguintes eixos temáticos: 

Estrutura demográfica

Informa o perfil populacional do Brasil por sexo e por cor ou raça, com opção de filtro por Unidade da Federação e informações sobre domicílios que têm mulheres como responsáveis, com opção de filtro por ano.

Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho

Apresenta indicadores de ingresso e condições das mulheres no mundo do trabalho, e destaca a informação por cor ou raça. São considerados dados sobre taxa de desocupação, ocupação, rendimentos, trabalho doméstico e informalidade, jornada de trabalho e tempo dedicado aos afazeres domésticos, aos cuidados e acesso à creche. Há opção de filtrar a informação por ano e, em alguns casos, também por Grandes Regiões.

Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres

Disponibiliza informações sobre violência letal e não letal contra mulheres. Os dados são originários de registros administrativos do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública do Ministério da Justiça (homicídios e lesões corporais seguidas de morte) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificações – SINAN do Ministério da Saúde (notificações compulsórias de violência doméstica e outras violências, violência sexual e tentativa de suicídios)

Educação para a igualdade e cidadania

Estão organizados os dados de matrículas nos diferentes níveis de ensino, de ingresso e permanência no ensino superior, e a segmentação sexual do conhecimento. Para consulta aos dados do ensino superior estão disponíveis filtros por Unidade da Federação e município.

Mulheres em espaços de poder e decisão

Oferece informações sobre candidatas e candidatos a cargos eletivos e sobre eleitas e eleitos, por cor ou raça, nas eleições de 2018 e de 2022.

OBIG

O OBIG é coordenado pela Secretaria-Executiva do Ministério das Mulheres e foi criado em 2009 para ser um mecanismo estratégico para subsidiar a formulação e implementação das políticas públicas para as mulheres no Brasil e para o acompanhamento dos indicadores de desigualdades de gênero e dos direitos das mulheres. 

De acordo com o Ministério das Mulheres, o OBIG vem articulando, desde o início deste ano, a retomada do diálogo com as áreas técnicas de ministérios e órgãos públicos federais que atuam diretamente na gestão e produção de dados de interesse das políticas para as mulheres. Ainda este ano, o OBIG também irá retomar a publicação do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam).

Fonte: O tempo

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