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    Rondônia, sexta, 19 de dezembro de 2025.

Nacional

Menino de 13 anos é apreendido por liderar série de crimes pela internet

Policiais apreenderam nesta sexta-feira (21) dois adolescentes, de 13 e 17 anos, sob acusação de liderarem uma bando cometia uma série de crimes pela internet, incluindo racismo, apologia ao nazismo, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável e incitação a ataques a escolas. O mais novo é apontado como o mentor intelectual do grupo. As vítimas moram em diferentes estados do país.

Apenas o adolescente de 13 anos fez 10 vítimas, com idades a partir de 12 anos, segundo a investigação. Ele costumava ganhar a confiança delas para fazer pedidos criminosos. Após pedir fotos íntimas para as vítimas, o menino passava a chantageá-las, induzindo à prática de crimes. Além disso, cooptava outros jovens a cometer extorsão sexual. Os dois garotos apreendidos moravam no Piauí e tinham perfis com culto a símbolos nazistas, inclusive com fotos da suástica.

Agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, além dos dois de internação provisória dos adolescentes, no Piauí e em Mato Grosso. A operação, comandada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi deflagrada pela Polícia Civil do Piauí e pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A Operação Pessinus também visa combater os crimes de constrangimento ilegal, ameaça, incitação à discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos praticados em aplicativos de mensagens da internet, como o Discord.

Investigação começou com monitoramento de redes sociais

Equipe do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do MPSC começou a investigação com a busca por perfis de apologia à violência. Ela encontrou usuários de redes sociais que demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência contra pessoas, incluindo estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e culto e enaltecimento a símbolos nazistas.

Entre os perfis identificados, um tratava-se de uma adolescente que, pelos indícios apurados, tinha a intenção de incendiar uma escola. Durante o percurso da investigação, contudo, a polícia descobriu que ela estava sendo vítima de extorsão sexual, onde era chantageada a praticar crimes sob ameaças de que teria fotos íntimas divulgadas.

O adolescente apontado como mentor intelectual dos crimes tinha perfis de culto a símbolos nazistas e automutilação. Além de idolatrar e propagar imagens de autores de massacres escolares, divulgava links de grupos que continham conteúdos de tortura, pedofilia, violência contra animais e pessoas. Diante de ameaças, ele exigia que a ex-namorada realizasse automutilação em frente às câmeras.

“O MPSC estruturou o CyberGaeco não só para investigar e reprimir, mas também para buscar prevenir atos graves praticados no ambiente virtual. Para atingir esse objetivo, a equipe investigativa mantém contato constante com as plataformas e monitoramento ativo da internet. Foi por meio de ações dessa natureza que o CyberGaeco conseguiu identificar os alvos e, com o auxílio do Cyberlab do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrar mais uma operação de alcance nacional e reprimir práticas nefastas”, explicou o promotor Diego Barbiero, do MPSC.

Com base nas informações recebidas, a Polícia Civil do Piauí instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores. As polícias do Rio de Janeiro e Mato Grosso apoiaram a ação. Os mandados de busca e de internação provisória estão sendo cumpridos nas cidades de Ilha Grande (PI), Biguaçu (SC), Lucas do Rio Verde (MT) e Macaé (RJ).

Fonte: O tempo

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