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    Rondônia, segunda, 27 de outubro de 2025.

Nacional

Refugiadas lutam pela igualdade de gênero com filmes e podcasts

Câmeras, microfones, ou mesas de edição. Essas são as armas de um grupo de jovens refugiadas na Grécia que, lideradas por uma ONG, buscam defender os direitos das mulheres com filmes e podcasts.

Mulheres de Síria, Afeganistão, Irã, ou Congo, como Ataa, Fatemeh, Elie e Sude, “lutam para reconstruir sua vida como quiserem”, explica Amie Williams, coordenadora na Grécia da ONG GlobalGirl Media, que treina essas jovens nas técnicas do jornalismo.

“Até agora, essas jovens mulheres não sabiam necessariamente o que era a igualdade de gênero”, diz esta diretora americana. “Mesmo sem saber, eram muito fortes e feministas. Deixaram suas famílias, suas sociedades patriarcais, viajaram e enfrentaram vários desafios sozinhas”, acrescenta.

Aos 14 anos, a síria Ataa Brimo se casou com um homem nove anos mais velho e se tornou mãe um ano depois.

Agora com 30 anos e separada há dois anos de sua família na Alemanha, essa refugiada síria contou sua dolorosa experiência em um documentário curta-metragem que constitui uma abordagem completa da realidade do casamento de menores.

O filme, chamado “Pequena mãe”, foi selecionado para o Festival de Documentário de Tessalônica no final de junho. “Todas essas jovens aprenderam a filmar, editar, fazer entrevistas e receberam uma remuneração pelo seu trabalho”, explica Amie Williams.

Algumas de suas produções serão apresentadas no Fórum sobre Igualdade entre Homens e Mulheres organizado pela ONU em Paris, a partir de 30 de junho.

A GlobalGirl Media quer “permitir que elas se reconstruam, filmando suas histórias, ou as de outras mulheres envolvidas na igualdade de gênero”, acrescenta.

Sude (Irã), Fatemeh (Afeganistão), Ataa (Síria), Eli (Irã), Donna e Andrana (Grécia) no escritório de uma ONG em Atenas.Marina Rafenberg/AFP

Durante sua formação, em entrevistas com jovens e militantes gregas, elas descobriram que seus problemas não eram tão diferentes do que os da sociedade que as acolheu, onde questões como a violência contra a mulher e os feminicídios recentemente ganharam notoriedade, após décadas de silêncio.

Fatemeh Jafari, uma afegã de 25 anos, “não tinha ciência das dificuldades das mulheres gregas”. “Durante as entrevistas, discutimos bastante sobre a necessidade de nos apoiarmos entre mulheres, porque passamos por experiências parecidas”, afirma.

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Agora, Fatemeh se sente capaz “de reivindicar certos direitos”, como a possibilidade de exercer a profissão que quiser, ou de “se sentir livre para andar sozinha”, disse à AFP.

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Fonte: Exame

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