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    Rondônia, segunda, 13 de outubro de 2025.

Agronegócios

Pecuária de Mato Grosso se destaca com arroba valorizada e liderança em exportações

Portal do Agronegócio

O mercado pecuário de Mato Grosso vive um momento positivo, com valorização da arroba e forte desempenho nas exportações. O tema foi destaque na abertura do 4º Encontro Técnico de Pecuária, promovido pela Fundação MT, em Rondonópolis, no último sábado (4).

Segundo Felipe Fabbri, coordenador de inteligência de mercado da Scot Consultoria, o preço da arroba chegou próximo de R$ 300, igualando-se ao praticado em São Paulo, referência nacional tradicional. “É um dos poucos anos em que isso acontece na história da pecuária brasileira”, afirmou.

Exportações aquecem mercado e impulsionam preços

O crescimento das exportações tem sido o principal motor para a valorização da arroba. Nos últimos dois anos, plantas frigoríficas de MT, MS, PA e RO foram habilitadas para exportar à China, aumentando a demanda por boiadas mais precoces, com até 30 meses, necessárias para atender ao principal comprador internacional da carne brasileira.

Mesmo com o aumento das tarifas de exportação para os EUA, que inicialmente preocupou o setor, o mercado se manteve firme. Nos últimos três meses, a China comprou volumes históricos de carne brasileira, enquanto México e Rússia ampliaram suas importações, compensando o impacto das tarifas americanas e impulsionando recordes de exportação nos meses de julho, agosto e setembro.

Entre janeiro e agosto de 2025, a China absorveu 62,57% da carne bovina mato-grossense, seguida por Rússia (7,39%) e EUA (6,12%). O estado lidera as exportações nacionais, com 451,4 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 2,303 bilhões, mantendo o maior rebanho do país, com 32,1 milhões de cabeças.

Ciência e tecnologia impulsionam produtividade

O encontro também destacou a importância da pesquisa científica e da inovação tecnológica para o aumento da produtividade e da rentabilidade. Segundo Thiago Trento, pesquisador da Fundação MT, estudos em nutrição, genética, manejo e sanidade permitem ganhos expressivos de peso, produção de leite e taxa de reprodução, além de reduzir o custo por quilo produzido.

O pecuarista Marcelo Vendrame ressaltou a eficiência obtida nos últimos 20 anos, com aumento da produção de carne sem expansão proporcional da área de pastagem, graças ao uso de pesquisas e tecnologias aplicadas no campo.

Além disso, metodologias de Data Science e inteligência artificial estão sendo aplicadas para transformar dados em decisões estratégicas, otimizando confinamento, gestão de rebanhos e previsão de desempenho produtivo. “O cruzamento de dados com previsão de clima, preços e mercados vai revolucionar nosso modelo de gestão da pecuária”, afirmou Vendrame.

Desafios e perspectivas para 2026

Apesar do bom momento, o custo de reposição segue como desafio. O preço do bezerro tem subido acima da arroba do boi gordo, exigindo que o pecuarista aproveite o cenário atual para reforçar a estrutura da fazenda.

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Após dois anos de dificuldades, 2025 apresenta recuperação para o setor. Para 2026, espera-se preços firmes, mas com margens mais apertadas, devido aos custos de reposição. Além disso, conflitos geopolíticos e políticas protecionistas continuarão a exigir atenção e resiliência dos pecuaristas.

Felipe Fabbri reforça:

“Todo ano na agropecuária é atípico. É preciso serenidade e boas ferramentas de gestão para lidar com um cenário sempre desafiador.”

 

Fonte: Portal do Agronegócio

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