Uma startup sediada na Califórnia, apoiada por dois cientistas pioneiros, um dos quais laureado com o Nobel, acredita estar à beira de um “salto quântico” na corrida pela energia do hidrogênio.
De acordo com a CNBC, a H2MOF, fundada em 2021, está trabalhando para desenvolver uma solução para o armazenamento de hidrogênio, utilizando os mais recentes avanços no campo dos materiais de engenharia molecular. Ao que tudo indica, o superar o maior desafio enfrentado pela economia do hidrogênio é apenas uma questão de tempo.
“A produção de hidrogênio, pelo que sei, é um problema resolvido”, disse o professor Fraser Stoddart, vencedor do Prêmio Nobel de Química em 2016 e um dos co-fundadores da H2MOF, à CNBC via videoconferência.
“Há amplas maneiras eficientes de produzir hidrogênio. O grande desafio que permanece é armazená-lo em grandes quantidades a baixas pressões e temperaturas ambientes”, disse Stoddart. “Estou confiante de que de uma forma ou de outra chegaremos lá, é claro.”
O hidrogênio é o elemento mais leve e abundante do universo, e há muito tempo é considerado uma das muitas fontes de energia potenciais que poderiam desempenhar um papel fundamental na transição verde.
O desafio do hidrogênio
Transformar hidrogênio em combustível requer energia. Se produzido usando energia renovável, a única pegada climática do hidrogênio é a água, tornando-o uma opção atraente para aplicações como transporte e geração de eletricidade.
Atualmente, a maioria do hidrogênio é produzida utilizando combustíveis fósseis, como carvão e gás natural, um processo que gera emissões que contribuem para o aquecimento global.
Omar Yaghi, fundador do campo da ciência da química reticular e co-fundador da H2MOF, disse à CNBC que a empresa está buscando comprimir o hidrogênio em um pequeno volume sem a necessidade de utilizar alta pressão ou baixas temperaturas.
“Isso é realmente o Santo Graal do campo”, disse Yaghi. “Como podemos armazenar hidrogênio suficiente em temperatura ambiente e ser capazes de usá-lo para abastecimento de automóveis.”
Os co-fundadores da H2MOF dizem que esperam que a empresa possa superar os altos custos e demandas energéticas associadas aos métodos tradicionais de armazenamento de hidrogênio projetando tanques que possam armazenar o combustível rico em energia em estado sólido.
Países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Austrália já anunciaram ou atualizaram suas estratégias para uso do elemento e assim fazer a transição para uma economia de baixo carbono.
Um relatório da indústria de energia publicado no final do ano passado pelo Conselho do Hidrogênio, um grupo empresarial, descobriu que o valor de projetos de hidrogênio havia subido para US $570 bilhões, um aumento de 35% em apenas seis meses antes.
Fonte: Exame



































