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    Rondônia, segunda, 27 de outubro de 2025.

Nacional

São Paulo tem “uma Ubá ou Lavras” de população em situação de rua

Cerca de 103 mil pessoas estão em situação de rua no Estado de São Paulo, conforme dados de 2023 do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), plataforma do governo federal que concentra informações sobre pessoas de baixa renda e em vulnerabilidade e direciona políticas públicas, como o Bolsa Família. A população de rua do Estado, para se ter uma ideia, é do tamanho da população inteira de municípios mineiros como Lavras, Coronel Fabriciano, Muriaé, Ubá e Ituiutaba.

Conforme o CadÚnico, só a capital paulista registra 60% desse número de sem teto do Estado, sendo 62.155 pessoas em situação de rua, na extrema miséria. Há uma grande polêmica em curso em São Paulo sobre a população de rua. O padre católico Júlio Lancellotti pode ser investigado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Vereadores de São Paulo a partir de fevereiro. A comissão, apelidada de CPI das ONGs, tem como objetivo investigar organizações que fazem trabalho social na Cracolândia, onde há uma grande população de rua na capital, e a relação do religioso com as entidades.

A autoria é do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que coletou, segundo ele, 24 assinaturas necessárias para protocolar o pedido, em 6 de dezembro, que será discutido na volta do recesso parlamentar da Casa, no início de fevereiro. O vereador é um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL).

O padre Júlio Lancellotti é conhecido nacional e internacionalmente por fazer trabalhos em prol da população de rua, principalmente os que frequentam a região central da capital paulista, mais especificamente na Cracolândia.

O religioso tem sido alvo de constantes críticas de políticos e outras figuras de direita, por, entre outras coisas, ser contra medidas como remoção forçada de sem teto e internação compulsória de dependentes químicos. Há quem acuse o padre, principalmente a ala conservadora da política, de oportunismo e até de lucrar com o flagelo social. Mas o religioso já recebeu elogios de autoridades eclesiásticas de todo o mundo por seu trabalho de amparo aos moradores de ruas. (Com agências) 

Fonte: O tempo

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