A tecnologia blockchain tem sido cada vez mais incorporada em diferentes segmentos da economia, e um executivo do mercado acredita que 8 bilhões de pessoas – praticamente toda a população mundial – estarão integradas a redes blockchains até o fim de 2030.
A previsão foi feita por Jesse Pollak, chefe de protocolos da Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos. Em entrevista ao portal Decrypt na última quarta-feira, 19, ele compartilhou suas projeções para o futuro do mercado cripto e a tecnologia blockchain em si.
Ele destacou que, atualmente, menos de 10 milhões de pessoas estão participando de redes blockchain, o que mostra que o segmento ainda está em seus estágios iniciais e sem uma adoção em massa. Nas projeções mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), a população global será de 8,5 bilhões de pessoas até 2030.
Pollak não é o único integrante do mercado cripto que aposta em uma adoção em massa da tecnologia. Muitos comparam o cenário ao do surgimento da internet, que demorou alguns anos para ganhar escala mas, atualmente, é usada por mais de 5 bilhões de pessoas em todo o mundo.
Ele destaca que a evolução e adoção do blockchain está “acontecendo diante dos nossos olhos”, e que a tecnologia tem potencial para “mudar a vida de bilhões de pessoas”. “Todos finalmente estarão em igualdade de condições, onde terão acesso aos mesmos produtos e serviços, independentemente de onde nasceram ou onde moram”, afirmou.
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Projetos com blockchain
O executivo comentou ainda que a tecnologia blockchain é, na origem, global, o que ajuda na sua expansão. Atualmente, diversos projetos com diferentes propostas de aplicação da tecnologia existem no mercado, buscando melhorar a tecnologia para ajudar na sua disseminação.
É o caso da própria Coinbase, que lançou neste ano a Base, um blockchain próprio de segunda camada ligado à Ethereum que está sendo desenvolvido pela exchange. A meta da empresa é conseguir usar a plataforma para atrair mais de 900 milhões de usuários e fazer a tecnologia superar a marca de 1 bilhão.
Segundo Pollak, o objetivo da Coinbase é oferecer uma rede que aumente a eficiência no processamento de transações e reduza os custos que existem atualmente na Ethereum a partir de soluções de escalabilidade. Ao mesmo tempo, a empresa busca expandir os casos de uso possíveis para empresas.
“É realmente sobre aumentar o número de coisas que as pessoas podem fazer, para que as pessoas tenham mais oportunidades de usar a Coinbase. Não é apenas especulação e negociação, é também arte, música, jogos e outros produtos de consumo”, explicou o executivo.
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Fonte: Exame
